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Nasa quer construir telescópio gigante em cratera no lado oculto da Lua

  • Foto do escritor: Geologou
    Geologou
  • 27 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

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A Nasa está financiando um projeto para construir um enorme telescópio dentro de uma cratera no lado oculto da Lua. Chamado de Lunar Crater Radio Telescope (LCRT), o instrumento está sendo projetado por Saptarshi Bandyopadhyay, tecnólogo em robótica do Laboratório de Propulsão a Jato do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).


De acordo com o resumo da proposta, o telescópio será composto por uma malha de arame posicionada sobre uma cratera lunar de 3 a 5 quilômetros e esticada por robôs capazes de escalar as inclinações verticais da região. Em nota, a agência espacial estima que ele terá cerca de um quilômetro de diâmetro, tornando-se o maior radiotelescópio de ampla abertura do Sistema Solar — o que, um dia, nos permitirá observar o espaço sem a interferência de transmissões de rádio da Terra. 


Dessa forma, o LCRT poderá ajudar os astrônomos a fazer grandes descobertas científicas no campo da cosmologia. O instrumento poderá permitir pela primeira vez que o universo primitivo seja observado na faixa de 10 a 50 metros de comprimento de onda (ou seja, em  frequências de 6 a 30 MHz, o que ainda não foi explorado pela ciência).

Financiamento A Nasa concedeu US$ 120 mil para a primeira fase do projeto, que visa aprimorar a ideia. Se ela for convincente, a proposta avançará para a segunda de três etapas. O LCRT ainda está "em estágios muito iniciais de desenvolvimento", disse Bandyopadhyay em entrevista à VICE, ressaltando que o primeiro passo é estudar a viabilidade desse conceito. “Focaremos principalmente no projeto mecânico do LCRT, procurando crateras adequadas na Lua e comparando seu desempenho com outras idéias que já foram propostas”, acrescentou. Atualmente, o maior telescópio de abertura cheia já construído é o Telescópio Esférico de Abertura de 500 metros, o Fast, localizado no sudoeste da China. O LCRT seria duas vezes maior que ele e estaria em um ambiente muito mais propício para o desenvolvimento da radioastronomia.


Fonte: Revista Galileu

 
 
 

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